Fórum Nacional Fundiário aprova propostas para regularização fundiária e proteção ambiental

TJMA
A 'Carta de São Luís' é assinada pelo presidente do Fórum Fundiário Nacional, desembargador Froz Sobrinho, corregedor do TJMA.

O Fórum Nacional Fundiário das Corregedorias Gerais dos Tribunais de Justiça, reunido no dia 6 de outubro, em São Luís (MA), aprovou 17 medidas relacionadas à governança fundiária, regularização territorial e proteção ambiental.

Ao final do Fórum, foi divulgada a “Carta de São Luís”,  com o resultado das discussões e oficinas nas temáticas realizadas com  a participação de desembargadores e desembargadoras, juízes e juízas participantes.

A Carta recomenda o tratamento adequado de conflitos coletivos fundiários, com base nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 da ONU, por meio de mediação e integração entre os diferentes órgãos relacionados à questão fundiária.

O documento é assinado pelo corregedor geral da Justiça do Maranhão e presidente do Fórum Fundiário Nacional, desembargador Froz Sobrino (TJMA) e corregedores gerais da Justiça dos estados participantes da reunião.

Para a vice-presidente do Fórum e corregedora-geral da Justiça do Tocantins, desembargadora Maysa Vendramini Rosal,  a Carta reforça o compromisso do Poder Judiciário com a questão fundiária. “Promover a regularização fundiária é uma questão de cidadania, de garantia do direito constitucional à moradia digna a todas as pessoas”, destacou.

“Nesse quarto encontro reforçamos o compromisso das Corregedorias com a prevenção de conflitos fundiários e a governança de terras em todo país. E no Tocantins seguimos firmes nessa missão, levando segurança jurídica ao cidadão e garantindo o desenvolvimento sustentável do nosso estado”, complementou o juiz coordenador do Núcleo de Prevenção e Regularização Fundiária do Tocantins, Wellington Magalhães.

PARCERIA ENTRE CORREGEDORIAS, ESTADOS E MUNICÍPIOS

Na  Carta, os corregedores confirmam a busca de parcerias técnicas com os estados para controlar o desmatamento e a crise climática e a conciliação, para promover a paz social de conflitos com ações de regularização territorial.

O documento aprovado destaca a importância de haver cooperação entre corregedorias, municípios, instituições de ensino superior, tribunais de Justiça e associações de notários e registradores, para a realização da regularização fundiária.

Também reforça a necessidade de haver integração entre núcleos de governança e comissões de soluções fundiárias e sugere que os tribunais de contas participem da rede de governança fundiária, contribuindo com dados de auditorias, de conformidade da política pública e prevenção de riscos.

PARTICIPAÇÃO DOS MUNICÍPIOS

O Fórum Fundiário decidiu estimular os municípios a realizar a Regularização Fundiária do patrimônio público para viabilizar o recebimento de verbas públicas e incentivará a capacitar seu pessoal a realizar a Regularização Fundiária.

Além disso, os corregedores da Justiça decidiram solicitar ao Ministério das Cidades a edição de Instrução Normativa que concretize a efetiva compensação dos atos isentos e gratuitos da REURB-S, pelos fundos estaduais, conforme previsto na Lei Federal n. 13.465.

SERVIÇO EXTRAJUDICIAL

Na área do serviço extrajudicial, o Fórum destaca a necessidade de anotar as florestas públicas nas matrículas de imóveis da União, estados e municípios, assim como o registro dos territórios indígenas demarcados e homologados nos cartórios de Imóveis.

Também recomenda fortalecer o registro eletrônico, estruturar dados dos atos das matrículas e integrar com o mapa do Registro de Imóveis do Brasil.

Os cartórios de imóveis são estimulados a utilizar os sistemas de informação geográfica para gerir as estatísticas dos registros de imóveis, para garantir que exista uma única matrícula.

Os corregedores também aprovaram a sugestão de incluir a regulamentação, da averbação (anotação) e registro dos direitos de aforamento e ocupação sobre terrenos de marinha, a pedido dos interessados.

SIRENEJUD

Por fim, para executar a regularização fundiária, o Fórum incentiva a comunicação entre as bases de dados de terras públicas estaduais, compartilhadas com órgãos federais, para uma gestão territorial integrada.

Também o uso da plataforma “SireneJud” do Conselho Nacional de Justiça, permitindo o acesso integrado a ações judiciais e dados ambientais.

Confira as fotos do 4º Fórum Fundiário Nacional.

(Com informações da Assessoria de Comunicação da Corregedoria Geral da Justiça do Maranhão)

 


Fechar Menu Responsivo
Fale Conosco Portal Extrajudicial
Rolar para Cima